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15/04/2012

Budismo

Budismo


A partir do seu local de nascimento no nordeste indiano, o budismo espalhou-se para outras partes do norte e para o centro da Índia. Durante o reinado do imperador mauria Asoka, que se converteu ao budismo e que governou uma área semelhante à da Índia contemporânea (com excepção do sul), essa religião consolidou-se. Após ter conquistado a região de Kalinga pela força, Asoka decidiu que a partir de então governaria com base nos preceitos budistas. O imperador ordenou a construção de hospedarias para os viajantes e que fosse proporcionado tratamento médico não só aos humanos, mas também aos animais. O rei aboliu também a tortura e provavelmente a pena de morte. A caça, desporto tradicional dos reis, foi substituída pela peregrinação a locais budistas. Apesar de ter favorecido o budismo, Asoka revelou-se também tolerante para com o hinduísmo e o jainismo.
Asoka pretendeu também divulgar o budismo pelo mundo, como revelam os seus éditos. Segundo estes, foram enviados emissários com destino à Síria, Egipto e Macedónia (embora não se saiba se chegaram aos seus destinos) e para o oriente, para um terra de nome Suvarnabhumi (Terra do Ouro) que não se conseguiu identificar com segurança.
O império mauria chegou ao fim em finais do século II a.C.. A Índia foi então dominada pelas dinastia locais dos Sunga (c.185-173 a.C.) e dos Kanva (c.73-25 a.C.), que perseguiram o budismo, embora este conseguisse prevalecer. Perto do início da era actual, o noroeste da Índia foi invadido pelos citas, que formariam a dinastia dos Kuchans. Um dos mais importantes reis desta dinastia, Kanishka (c. 127-147), foi um grande proselitista do budismo.
Durante a era da dinastia Gupta (320-540), os monarcas favorecem o budismo, mas também o hinduísmo. Em meados do século VI, os Hunos Brancos, oriundos da Ásia Central, invadem o noroeste da Índia, provocando a destruição de inúmeros mosteiros budistas. A partir de 750, a dinastia Pala governou no nordeste da Índia até ao século XII, apoiando os grandes centros monásticos budistas, entre os quais o de Nalanda. Contudo, a partir do século XII, o budismo entra num declínio definitivo devido a vários factores. Entre estes, encontravam-se o revivalismo hindu, que se manifestou com figuras como Adi Shankara e pelas invasões dos muçulmanos dos séculos XII e XIII.
Embora o budismo tenha passado por uma verdadeira renovação a partir de 1959, ano em que o Dalai Lama escolhe o exílio, ele parece quase ausente da Índia, a ponto de termos, muitas vezes, de seguir turistas estrangeiros para localizar os lugares santos de antigamente. Nesse percurso, ao longo dos séculos, o budismo suscitou desvios, heresias, seitas.
O budismo formou-se no nordeste da Índia, entre o século VI a.C. e o século IV a.C.. Este período corresponde a uma fase de alterações sociais, políticas e econômicas nessa região do mundo. A antiga religiosidade bramânica, centrada no sacrifício de animais, era questionada por vários grupos religiosos, que geralmente orbitavam em torno de um mestre.
Um desses mestres religiosos, como visto acima com mais detalhes, foi Siddhartha Gautama, o Buda, cuja vida a maioria dos acadêmicos ocidentais e indianos situa entre 563 a.C. e 483 a.C., embora os acadêmicos japoneses considerem mais provável as datas 448 a.C. a 368 a.C.. Siddhartha nasceu na povoação de Kapilavastu, que se julga ser a aldeia indiana de Piprahwa, situada perto da fronteira indo-nepalesa. Pertencia à casta guerreira (ksatriya).
Várias lendas posteriores afirmam que Siddhartha viveu no luxo, tendo o seu pai se esforçado por evitar que o seu filho entrasse em contato com os aspectos desagradáveis da vida. Por volta dos 29 anos, o jovem Siddhartha decidiu abandonar a sua vida, renunciando a todos os bens materiais e adotando a vida de um renunciante. Praticou o ioga (numa forma que não é a mesma que é hoje seguida nos países ocidentais) e seguiu práticas ascéticas extremas, mas acabou por abandoná-las, vendo que não conseguia obter nada delas. Segundo a tradição, ao fim de uma meditação sentado debaixo de uma figueira, descobriu a solução para a libertação do ciclo das existências e das mortes que o atormentava.
Pouco depois, decidiu retomar a sua vida errante. Chegou a um bosque perto de Benares, onde pronunciou um discurso religioso diante de cinco jovens, que convencidos pelos seus ensinamentos, se tornaram os seus primeiros discípulos e com quem formou a primeira comunidade monástica (sangha). O Buda dedicou, então, o resto da sua vida (talvez trinta ou cinquenta anos) a pregar a sua doutrina através de um método oral, não tendo deixado quaisquer escritos.

   Fonte: Wikipédia
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